01 novembro 2006

 

Hora de desarmar espíritos

A eleição terminou. O povo fêz sua opção. O resultado foi incontestável. Sei que muita gente não aceita, não engole, mas o bom jogo democrático ensina que se deve acatar o resultado. O que absolutamente não significa render-se e mudar de lado. Apenas não precisa ficar desejando o pior para o país para depois dizer: eu não falei? Li na coluna do Diogo Mainardi ele escrevendo que o presidente não é seu presidente. É claro que não. É presidente do Brasil. Fato consumado. Não adianta agora ficar chorando ou pregando golpe, impeachement ou terceiro turno. Se há suspeitas contra o candidato que venceu que se apure, dentro da lei. A presunção da inocência é um dos pilares do nosso direito. E se as investigações provarem e a justiça decidir, que se tome as medidas legais e cabíveis. E se todos queremos que o Brasil cresça e se desenvolva, melhor ajudar. Ao PSDB cabe fazer uma profunda avaliação das causas da derrota e se preparar para a próxima batalha, em 2010. Reclamaram que o presidente não camparecia aos debares, mas quando isso ocorreu a situação ficou pior. Particularmente não acho que os debates contribuíram para mostrar as propostas dos candidatos, até porque não foram formatados para isso. Transformaram-no em um espetáculo de arena, onde seria mais bem avaliado aquele que melhor sangrasse o outro. O povo quer circo. Então haja circo!!
E quem acha que não deveria haver reeleição não pode esquecer que foi uma invenção tucana, que forçou a mudança na lei (e não se sabe a que preço) para beneficiar diretamente o FHC. Pessoas do PT cometeram muitos erros (que alguns chamam de crimes), muito mais que os esperados, mas vimos muitas cabeças rolarem. Se não possível evitar, como seria desejado, pelo menos que se tomem medidas para puni-los. Apenas não basta uma revista denunciar, no calor de uma disputa eleitoral, para que o fato seja verdadeiro ou tenha ocorrido da forma como a revista contou. A apuração é fundamental, e o julgamento pela justiça também.
Recebi hoje um e-mail em forma de carta onde um "amigo" do Chico Buarque reclama de sua declarada opção em votar no PT. Isso não é patrulhamento ideológico, como ocorreu contra a Regina Duarte porque virou a casaca?
Agora que tudo terminou é hora de desarmar o espírito e tocar em frente. Qualquer que fosse o resultado as coisas não iriam ser tão diferentes. É como na festa de ano novo, quando desejamos um ano melhor, fazemos mil projetos, consertamos todos os nossos defeitos e quando o ano vira tudo recomeça exatamente como no ano anterior.
Abraços a todos...Marcelo

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