12 outubro 2006
Boa Notícia

Hoje eu gostaria de compartilhar com vocês a alegria que tive com a formatura do Breno. Sei que muitos de vocês já passaram por isso, até mais de uma vez, e por esta razão devem saber bem o que significa. A vida da gente é como uma obra de engenharia. Algumas fases da obra, denominadas marcos, são importantes para se avaliar a evolução da mesma. Na vida também é assim. Alguns marcos são muito importantes porque determinam o futuro, ou pelo menos ajudam a construí-lo. A formatura tem esta característica. Ela oriente o tipo de trabalho que a pessoa exercerá, os grupos sociais com os quais se relacionará, as viagens que fará, enfim, determina um rumo. Não é um fim em si, mas um importante meio para se buscar a felicidade através de um trabalho, de uma atividade que pode e deve ser prazeirosa. É apenas um primeiro passo numa jornada que promete ser longa e onde certamente surgirão obstáculos a serem transpostos. Mas só se chega ao final se for dado o primeiro passo.
O futuro próximo e o distante ainda é uma incógnita. O mercado de trabalho não está fácil. Mas ele já está buscando alternativas. Está dando aulas em colégios e conseguiu um estágio na Petrobras (estágio para estudante universitário, conseguido antes da formatura). São atividades fundamentais para introduzi-lo nas atividades profissionais que deverão aparecer mais à frente. A profissão de Biólogo apresenta um extenso leque de atividades e especializações. Ele pretende iniciar um mestrado em janeiro, permitindo-lhe aumentar a competência e consequentemente a empregabilidade.
Parabéns meu filho, por esta vitória. Não esqueça que é apenas um começo (um bom começo) e que há todo um trabalho pela frente. Continue se esforçando para conseguir maior aprimoramento profissional com estudo, trabalho, estágio, ensino e seja mais o que for. A vida recompensará seu esforço.
Beijos...Marcelo
07 outubro 2006
Amenidades
No post anterior falei um pouco sobre política e recebi dois comentários muito interessantes, os quais gostei muito. Foram duas posições divergentes, mas que mostram o ponto de vista de cada um.
Hoje vou colocar um artigo mais ameno de Michel Lebouf, PhD, publicado no site RC Coaching em 11/01/2006.
“Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile” ·
Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras pessoas são escolhidas em seu lugar? Você conhece seu produto melhor do que qualquer outro, mas vendedores aparentemente inexperientes vendem muito mais?
Sua empresa, ou departamento está implantando novas estratégias e táticasdministrativas, mas uma concorrente, aparentemente menos organizada e frágil, está tomando o mercado e sendo muito mais bem sucedida?
Talvez seu problema seja o de estar confundindo ficção com realidade. Na ficção que nos contaram, o importante eram as coisas, estratégias, sistemas, produtos, planilhas, crenças. Na realidade, o importante são as pessoas.
Não existe nada sem pessoas. Não existem vendas - portanto, não existe economia de mercado. Não existem casamentos, não existem famílias e para ser franco, não existe sequer civilização.
Tudo o que você faz, começa e termina em pessoas. Se você tivesse que passar o resto da sua vida com todas as riquezas do universo... sozinho em uma ilha deserta, de que valeria qualquer sucesso? Você - e eu - precisamos compartilhar o tempo, a vida e as experiências com outras pessoas.
Empresas que se esquecem deste fator, se concentrando somente no balanço do trimestre, acabam soterradas por guerrilheiros dos negócios ou sabotadas por inúmeros funcionários descontentes que, na melhor das hipóteses, entram em "operação padrão".
Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com você? (Eu nãoperguntei se elas gostam de passear com você. Isso é fácil. Perguntei se elas gostam de trabalhar com você). Seus chefes, subordinados e colegas confiam em você como profissional e gostam de trabalhar com você? Se apenas uma dessas perguntas tiver como resposta "não", você ficará abaixo de onde pode chegar.
Se não gostam de estar com você, se notam que você as vê somente como um instrumento (para gerar vendas, por exemplo), o primeiro vendedor "amigo”que aparecer vai tomar seu cliente. Para sempre. Seus funcionários vêem você como um líder, ou como um analista, que corta pessoal sem se preocupar com o "moral" das tropas. Alguém em quem não podem confiar?
Agora, deixe-me esclarecer um ponto. Isso não significa que você deva ser “amigo" de todos, ou um bajulador. Seja você mesmo. Sempre. Dá menos trabalho! Faça o que tem que ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é parte do problema. E se este é seu caso, cuidado: problemas não são convidados para subir na empresa. Problemas não são bem vindos no casamento."
Problemas não são eleitos. Problemas são e-v-i-t-a-d-o-s, mesmo que inconscientemente. Seja a solução, concentrando-se nas pessoas. O que elas realmente buscam? Do que precisam? O que querem?
Você deve buscar a competência técnica, claro. Mas não precisa ser perfeito como um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs a gente constrói, ou desliga. E o único modo de pessoas avançarem com lastro duradouro é quando são apoiadas por outras pessoas. Você é apoiado por outras pessoas?
Em outras palavras, depois da sua competência técnica, seus relacionamentos são a fonte mais importante para o seu futuro, em todos os níveis. Seja na carreira, na família ou na sociedade. Por isso, lembre-se do que disse Michael Leboeuf: "Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile".
E o baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última música para entender isso. Tudo começa, e termina, nas pessoas.
Abraços...Marcelo
Hoje vou colocar um artigo mais ameno de Michel Lebouf, PhD, publicado no site RC Coaching em 11/01/2006.
“Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile” ·
Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras pessoas são escolhidas em seu lugar? Você conhece seu produto melhor do que qualquer outro, mas vendedores aparentemente inexperientes vendem muito mais?
Sua empresa, ou departamento está implantando novas estratégias e táticasdministrativas, mas uma concorrente, aparentemente menos organizada e frágil, está tomando o mercado e sendo muito mais bem sucedida?
Talvez seu problema seja o de estar confundindo ficção com realidade. Na ficção que nos contaram, o importante eram as coisas, estratégias, sistemas, produtos, planilhas, crenças. Na realidade, o importante são as pessoas.
Não existe nada sem pessoas. Não existem vendas - portanto, não existe economia de mercado. Não existem casamentos, não existem famílias e para ser franco, não existe sequer civilização.
Tudo o que você faz, começa e termina em pessoas. Se você tivesse que passar o resto da sua vida com todas as riquezas do universo... sozinho em uma ilha deserta, de que valeria qualquer sucesso? Você - e eu - precisamos compartilhar o tempo, a vida e as experiências com outras pessoas.
Empresas que se esquecem deste fator, se concentrando somente no balanço do trimestre, acabam soterradas por guerrilheiros dos negócios ou sabotadas por inúmeros funcionários descontentes que, na melhor das hipóteses, entram em "operação padrão".
Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com você? (Eu nãoperguntei se elas gostam de passear com você. Isso é fácil. Perguntei se elas gostam de trabalhar com você). Seus chefes, subordinados e colegas confiam em você como profissional e gostam de trabalhar com você? Se apenas uma dessas perguntas tiver como resposta "não", você ficará abaixo de onde pode chegar.
Se não gostam de estar com você, se notam que você as vê somente como um instrumento (para gerar vendas, por exemplo), o primeiro vendedor "amigo”que aparecer vai tomar seu cliente. Para sempre. Seus funcionários vêem você como um líder, ou como um analista, que corta pessoal sem se preocupar com o "moral" das tropas. Alguém em quem não podem confiar?
Agora, deixe-me esclarecer um ponto. Isso não significa que você deva ser “amigo" de todos, ou um bajulador. Seja você mesmo. Sempre. Dá menos trabalho! Faça o que tem que ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é parte do problema. E se este é seu caso, cuidado: problemas não são convidados para subir na empresa. Problemas não são bem vindos no casamento."
Problemas não são eleitos. Problemas são e-v-i-t-a-d-o-s, mesmo que inconscientemente. Seja a solução, concentrando-se nas pessoas. O que elas realmente buscam? Do que precisam? O que querem?
Você deve buscar a competência técnica, claro. Mas não precisa ser perfeito como um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs a gente constrói, ou desliga. E o único modo de pessoas avançarem com lastro duradouro é quando são apoiadas por outras pessoas. Você é apoiado por outras pessoas?
Em outras palavras, depois da sua competência técnica, seus relacionamentos são a fonte mais importante para o seu futuro, em todos os níveis. Seja na carreira, na família ou na sociedade. Por isso, lembre-se do que disse Michael Leboeuf: "Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile".
E o baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última música para entender isso. Tudo começa, e termina, nas pessoas.
Abraços...Marcelo
01 outubro 2006
O debate da Globo
Eu tinha decidido que não faria comentários políticos sobre a eleição nesta reta final da campanha eleitoral, mas não estou resistindo no que toca ao debate promovido pela Globo.
Os debates foram inventados primeiramente para dar audiência aos canais de televisão, e também para permitir uma discussão entre os candidatos sobre as propostas de governo de cada um deles, esclarecendo os eleitores que ainda estivessem indecisos sobre qual candidato escolheria para votar. Mas logo descobriu-se que o debate poderia, se bem manipulado, ser uma arma poderosa para derrubar aquele que fosse escolhido pela emissora. Se não me engano ocorreu fato semelhante na disputa Lula X Collor, quando um episódio envolvendo pessoas com camisas do PT às vésperas da eleição contribuiu fortemente para o desvio de votos de um candidato para outros. Posteriormente descobriu-se que o episódio foi montado.
Nesta eleição armou-se na rede Globo não um palco, mas um tribunal com três competentes acusadores, que queriam de toda forma ter, nesta ocasião, as respostas que fossem convenientes a seus propósitos.
Todos sabiam por antecedência qual seria o tema principal da acusação (do debate). O acusado não tinha chances. Já estava pré-julgado. Quaisquer respostas que desse seriam naturalmente usadas contra ele. A Heloisa Helena falou com todas as letras que Lula deveria ter ido para enfrentá-la. Como não tinha chances de eleger-se, destilou todas a sua ácida retórica contra uma cadeira vazia. Ela queria respeito, mas desrespeitou não a pessoa do candidato, mas o chefe da nação eleito pela maioria pelo mesmo partido a que pertencia e pelo qual foi eleita senadora. Parece que ela também não sabia de nada.
O grande educador Cristóvão Buarque não conseguiu, quando governador de Brasília, efetivar o tão desejado choque de Educação. De tanto concordar com o Geraldo Alkmin durante o debate, teve de em certo momento explicar que os dois estavam em lugares opostos na mesa e que eram dois candidatos diferentes. Realmente, se não dissesse ninguém iria descobrir.
E o Geraldo? quando a metralhadora giratória da Heloisa atingiu o FHC, ele lembrou que estavam ali para discutir o futuro e não o passado. Sua primeira pergunta foi dirigida ao fantasma da cadeira vazia. Cômico, se não fosse trágico.
Mas afinal, alguém poderia me dizer o que aprendeu no debate sobre as propostas de governo de cada um e como as mesmas seriam implementadas? Talvez minha ignorância não tenha permitido visualisar as respostas.
A armadilha foi montada e atingiu o objetivo. Era perder ou perder. De uma maneira muito inteligente o circo foi armado de tal forma que se o canditado não comparecesse perderia, e se comparecesse perderia mais ainda. Por estratégia política, que era exatamente o que todos estavam fazendo, Lula decidiu por não comparecer. Talvez tenha perdido menos. As urnas dirão.
Quero deixar claro que também desejo ardentemente que tudo que está ocorrendo seja muito bem explicado. Só não acho que o forum para estas explicações seja o debate na TV. As instituições (Justiça, Polícia, Ministério Público) estão trabalhando para esclarecer e devem ir até as últimas consequências, punindo seja lá quem for.
Quanto ao dossiê de 1,7 milhões é bom mesmo investigar a origem do dinheiro. Mas não custava nada investigar o que consta dele e descobrir porque valia tanto...
Bom voto para todos.
Abraços...Marcelo
Os debates foram inventados primeiramente para dar audiência aos canais de televisão, e também para permitir uma discussão entre os candidatos sobre as propostas de governo de cada um deles, esclarecendo os eleitores que ainda estivessem indecisos sobre qual candidato escolheria para votar. Mas logo descobriu-se que o debate poderia, se bem manipulado, ser uma arma poderosa para derrubar aquele que fosse escolhido pela emissora. Se não me engano ocorreu fato semelhante na disputa Lula X Collor, quando um episódio envolvendo pessoas com camisas do PT às vésperas da eleição contribuiu fortemente para o desvio de votos de um candidato para outros. Posteriormente descobriu-se que o episódio foi montado.
Nesta eleição armou-se na rede Globo não um palco, mas um tribunal com três competentes acusadores, que queriam de toda forma ter, nesta ocasião, as respostas que fossem convenientes a seus propósitos.
Todos sabiam por antecedência qual seria o tema principal da acusação (do debate). O acusado não tinha chances. Já estava pré-julgado. Quaisquer respostas que desse seriam naturalmente usadas contra ele. A Heloisa Helena falou com todas as letras que Lula deveria ter ido para enfrentá-la. Como não tinha chances de eleger-se, destilou todas a sua ácida retórica contra uma cadeira vazia. Ela queria respeito, mas desrespeitou não a pessoa do candidato, mas o chefe da nação eleito pela maioria pelo mesmo partido a que pertencia e pelo qual foi eleita senadora. Parece que ela também não sabia de nada.
O grande educador Cristóvão Buarque não conseguiu, quando governador de Brasília, efetivar o tão desejado choque de Educação. De tanto concordar com o Geraldo Alkmin durante o debate, teve de em certo momento explicar que os dois estavam em lugares opostos na mesa e que eram dois candidatos diferentes. Realmente, se não dissesse ninguém iria descobrir.
E o Geraldo? quando a metralhadora giratória da Heloisa atingiu o FHC, ele lembrou que estavam ali para discutir o futuro e não o passado. Sua primeira pergunta foi dirigida ao fantasma da cadeira vazia. Cômico, se não fosse trágico.
Mas afinal, alguém poderia me dizer o que aprendeu no debate sobre as propostas de governo de cada um e como as mesmas seriam implementadas? Talvez minha ignorância não tenha permitido visualisar as respostas.
A armadilha foi montada e atingiu o objetivo. Era perder ou perder. De uma maneira muito inteligente o circo foi armado de tal forma que se o canditado não comparecesse perderia, e se comparecesse perderia mais ainda. Por estratégia política, que era exatamente o que todos estavam fazendo, Lula decidiu por não comparecer. Talvez tenha perdido menos. As urnas dirão.
Quero deixar claro que também desejo ardentemente que tudo que está ocorrendo seja muito bem explicado. Só não acho que o forum para estas explicações seja o debate na TV. As instituições (Justiça, Polícia, Ministério Público) estão trabalhando para esclarecer e devem ir até as últimas consequências, punindo seja lá quem for.
Quanto ao dossiê de 1,7 milhões é bom mesmo investigar a origem do dinheiro. Mas não custava nada investigar o que consta dele e descobrir porque valia tanto...
Bom voto para todos.
Abraços...Marcelo
